Eu achava que era uma pessoa melhor sozinha.
Não sozinha sem um parceiro, porque isso eu realmente acho que sou emocionalmente dependente. Mas sozinha no sentido social, de poucos amigos, de poucos eventos, de morar apenas com minhas próprias manias.
Precisei de uma reviravolta na minha vida para descobrir que eu precisava me reaproximar de mim. Da minha essência. Terminei um longo namoro, no qual eu apostava todas as minhas fichas e fiz planos até a velhice. Saí do meu trabalho num rompimento super traumático e totalmente indesejado (como uma vidente havia previsto uns dois anos antes). Deixei a casa da minha mãe que, apesar de não ter a presença física da família, ainda tinha uma coisa emocional muito forte pra mim: todos saíram de lá e foram morar em outros lugares e eu era o último ponto de resistência.
Estou atualmente num limbo, um hiato ao mesmo tempo incômodo e libertário. Várias coisas legais aconterecam depois que eu iniciei esse novo ciclo na minha vida. Mas não vou falar das coisas ruins que culmiraram nessa chutada de balde geral. Vou me ater ao que é bom e às possibilidades do porvir.
Não sozinha sem um parceiro, porque isso eu realmente acho que sou emocionalmente dependente. Mas sozinha no sentido social, de poucos amigos, de poucos eventos, de morar apenas com minhas próprias manias.
Precisei de uma reviravolta na minha vida para descobrir que eu precisava me reaproximar de mim. Da minha essência. Terminei um longo namoro, no qual eu apostava todas as minhas fichas e fiz planos até a velhice. Saí do meu trabalho num rompimento super traumático e totalmente indesejado (como uma vidente havia previsto uns dois anos antes). Deixei a casa da minha mãe que, apesar de não ter a presença física da família, ainda tinha uma coisa emocional muito forte pra mim: todos saíram de lá e foram morar em outros lugares e eu era o último ponto de resistência.
Estou atualmente num limbo, um hiato ao mesmo tempo incômodo e libertário. Várias coisas legais aconterecam depois que eu iniciei esse novo ciclo na minha vida. Mas não vou falar das coisas ruins que culmiraram nessa chutada de balde geral. Vou me ater ao que é bom e às possibilidades do porvir.
Entre o término de uma etapa e o início de outra, sempre há uma fase de crise que é absolutamente necessária e importante para o crescimento. |
Hoje eu moro em um apartamento muito bacana, junto com o Caule e o
Tiago, que são uns fofos. Muita gente me pergunta como é morar com dois
homens. É ótimo, pois não tem a frescura de muita mulher junta (já vi o
funcionamento de algumas repúblicas femininas e é realmente bem chato,
com muita picuinha por causa de pouca coisa), mas é claro que tem
algumas diferenças fundamentais homens x mulheres e alguns percalços
que, ao invés de atrapalhar, acabam incrementando a experiência. E,
claro, a oportunidade de conhecer mais gente quando cada um leva os
amigos e de fazer festinhas ultralegais em casa mesmo! Estou adorando,
apesar de não saber até quando vai durar.
Fui chamada para integrar uma banda muito legal de eletro-pop, o Spooler, e tem sido realmente muito, muito, muito legal cantar com eles. O momento que fui convidada, com o Salomão me ligando exatamente quando eu cheguei em casa chorando muito por ter saído do meu emprego, foi épico na minha vida. A partir daquele momento, e até hoje, enquanto escrevo esse texto, não chorei mais de tristeza. Só tive oportunidades inacreditáveis na minha vida, desde então. E isso é o máximo!
Fiz um curso de retrato autoral em Floripa com um fotógrafo bacanérrimo, o Scott MacLeay, que revolucionou a forma como vejo a fotografia e as possibilidades que ela pode ter na minha vida. Hoje já sei o que quero fazer, apesar de ainda não saber como. Acho que preciso aquietar minha mente antes de conseguir começar a construir minha realidade profissional.
Pensar, Meditar, Pensar, Meditar, Pensar, Pensar, Pensar... |
E foi buscando essa quietude que resolvi viajar para a praia. Quem me
conhece há mais tempo sabe que eu sempre disse não gostar de praia.
Muita areia, sol rachando e água salgada pro meu gosto. Mas sempre fui
muito terrena; uma pessoa da montanha, governada pela solidez do
elemento terra. Então fui em busca da fluidez da água para me equilibrar
um pouco. E como eu estava bastante desequilibrada, precisava sentir a
energia de uma grande massa de água, como só o mar tem. E hoje, pelo que
Iemanjá fez por mim, posso dizer que AMO a praia e quero voltar sempre
que precisar recarregar de novo as baterias. E a natureza foi realmente
muito generosa com os lugares que visitei...
Pôr do sol na Praia Grande, Arraial do Cabo /RJ. |
No fim das contas, a viagem me saiu muito melhor do que o planejado inicialmente, e nos próximos posts eu vou contar o que aconteceu ao longo dos 36 dias compreendidos entre 27 de dezembro de 2011 e 04 de fevereiro de 2012. Talvez as pessoas que ficaram sem entender por quê eu não conseguia voltar finalmente entendam (inicialmente a viagem era de 27/12 a 03/01. Se estendeu até 09/01. Depois até 16/01. Depois foi por tempo ideterminado. E ainda pretendo voltar no Carnaval!).
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UPDATE (07/fev/12) - Duas coisas sensacionais aconteceram ainda nessa viagem. Mais especificamente no período em que estive em Arraial do Cabo:
A primeira delas foi um reencontro com uma amiga que fazia por volta de uns 10 anos que eu não via, a Roberta. Costumávamos ser um trio: Cassi, Roberta e eu. Mas aí a Roberta saiu do país algumas vezes, casou, mudou pra Arraial e acabamos nos distanciando. A Cassi ainda ficou mais próxima dela um pouco, pois durante o período do meu primeiro namoro eu cometi aquele erro básico de afastar das amigas... E isso me custou muito!
Apesar disso, ainda assim eu sempre fui muito próxima da Cassi, é minha melhor amiga, minha irmã de alma. Fui pra Arraial esse ano essencialmente para ficar mais tempo com ela; uma chance de viajarmos um pouco e curtirmos momentos bons juntas. E a Roberta ainda estaria lá, o que seria uma ótima chance de reaproximacão, pois as duas sempre se estranharam, desde a época da escola. Não passava uma semana sem que houvesse alguma rusga entre as duas, e eu sempre, com a minha personalidade conciliadora, botava panos quentes daqui e dali pros ânimos se acalmarem.
Mas eu fiquei Tão, tão, tããããããooooo feliz de estar junto com essas duas lá em Arraial... Mas tãããoo feliz!!! Elas, claro, brigaram de novo. Mas tenho certeza que vai ficar tudo bem, pq sempre foi assim e sempre vai ser.
A outra coisa que aconteceu lá merece um post só para ela. É uma coisa que eu gostaria muito de contar, mas ainda tenho que ver como posso fazer, porque essa rosa já me espetou com alguns espinhos... ahahahaha
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Se joga! |
Decidi que vou morar fora do país ainda esse ano. Comecei durante a viagem uma pesquisa de qual lugar seria interessante para essa nova "eu" morar. Quero ser cigana um tempo, quero andar pra frente, mas volto se for preciso. Quero sair de casa de novo, mas para ir para um novo lugar. Quero vender meu carro porque não quero mais precisar dele. Quero alimentar minha fotografia de tudo o que eu acho que não gosto e acabo gostando. Quero dar um novo sentido para minhas tatuagens e quero fazer outras sempre que uma nova marca se instalar na minha vida. Quero viver tudo o que há para ser vivido lá fora e fazer as coisas mais para mim mesma que para os outros.
Fato é que hoje, por tudo que me aconteceu nos últimos 4 meses, me sinto absolutamente diferente. Vivi muita coisa que era novidade pra mim. Hoje acho fundamental viver e conviver com as pessoas, principalmente as que são muito diferentes da gente, pois são essas que acrescentam. Hoje sei que preciso de muito menos do que eu tenho para viver bem e feliz. Hoje tenho vontade de cortar minhas raízes e seguir com tronco, folhas e flores pelo mundo afora.
Hoje sei que o melhor jeito de se enxergar por dentro é olhar pra fora... Então pra fora eu vou!
8 comentários:
Happy blogoversary :)
espero te acompanhar por aqui, lendo suas historias e torcendo para que tudo que vc deseja dar certo...
Oi Anônimo (já identificado só pela forma de escrever). Obrigada pelos votos.
Desejo o mesmo para você tabém, sempre. Bjo.
O tempo não é tão camarada com a dor, como dizem por aí. As coisas não passam na velocidade que a gente acredita quando se está em um dia bom.
Nossa felicidade não deveria ser nunca balizada por aspectos extrínsecos e sim por aspectos intrínsecos, mas quem é tão zen assim?
Sendo assim, a substituição é uma forma rápida para cura uma dor. Um emprego, que não queria perder, se cura substituindo-o por um outro emprego, outra atividade ou até por uma outra profissão. Um ente querido, que não queria perder, se cura substituindo-o por um amigo. Um namoro, ainda que cheio de problemas, mas com uma pessoa que você não gostaria de perder, se cura substituindo-o por uma outra pessoa.
Mas a crueldade disso, advém do fato de que: a felicidade atrai a dor repeli (isso, funciona perfeitamente pra mim, não é uma lei). Então, se por um lado a felicidade, sob essa ótica, depende em parte de uma boa profissão/emprego, de bons amigos e de um "verdadeiro" amor, por outro lado, essas substituições não dependem somente de você. Um emprego novo não depende somente de você, um amigo novo não depende somente de você, um amor novo não depende somente de você, por melhor que sejam as suas boas intenções e o seu coração aberto.
É daí que surgem as grandes chutadas de baldes, as criativas inquietudes, os homéricos vacilos, os fantasiosos e fantásticos feitos e os outros tantos comportamentos extremos, que podem, tanto lhe fazer muito mal - trazendo falsas alegrias - quanto pode lhe trazer drops libertários com coragens extremas. Então, ao final dessa aventura toda, a única coisa boa é quando realmente surge a coragem.
A coragem está verdadeiramente ligado a liberdade e tudo isso é o âmago da felicidade intrínseca. Uma vez que não sei se terei um dia um emprego novo e melhor, um amigo novo e do peito e um amor verdadeiro e pacificador.
Eu sei que enquanto me faltar coragem para desistir e tentar de novo tomando na cara tantas quanto for as vezes com alegria, tranquilidade e de coração aberto, não serei atraentemente livre.
Para coroar a minha falta de coragem, assino o meu anonimato com um covarde
Caule
Perai... esse segundo anonimo nao e o mesmo do primeiro, que fique claro!
meu chute: o primeiro anônimo é a mãe da suca, o segundo sou eu o terceiro é a própria suca. se acertei levanta a mão.
É disso que eu tô falando, Caule: coragem.
Foram lindas palavras, obrigada!
Não me importo que todos sejam anônimos, pois com um bocado deles se faz uma revolução, não é mesmo? ahahaha
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