20.12.07

Em busca de uma paz verde

Desde criança eu queria ser voluntária do Greenpeace quando crescesse. A campanha "salve as Baleias" me encantava e eu vivia me imaginando bióloga marinha, me atracando naqueles grandes navios pesqueiros, libertando milhares de "willys" da pesca predatória.

Daí eu fui crescendo e entendi o significado da palavra "voluntário". Comecei a viver uma época estranha, em que eu só pensava em como ia fazer para ganhar dinheiro na vida. Ser voluntário não tinha nada a ver... Trabalhar de graça? Ainda bem que essa época durou pouco.

Logo eu percebi o quão estúpidas são as pessoas que só pensam em ganhar dinheiro a todo custo. Comecei também a ter uma consciência maior do todo - um todo que ia muito além da minha própria vida. Um todo que era todo mundo, todas as coisas.

Entendi que o trabalho voluntário é para outro tipo de recompensa, que vai além do financeiro. É algo pra dentro. E algo mais prafora do que a gente pode entender.

E então eu me lembrei que coisas tipo "Save the whales" eram bonitas, me faziam sentir que as pessoas não eram donas do mundo. Que todas as coisas - pessoas, plantas, bichos-, tudo é uma coisa só, e que se destruíssemos uma parte desse todo, isso significaria destruir a nós mesmos. Como se alguém arrancasse a própria perna e se deixasse sangrando até morrer.

Então eu recorri ao Greenpeace. Primeiro como colaboradora e depois, me inscrevi para o processo seletivo de voluntários. Faz pouco tempo, uns dois meses, realizei meu sonho de infância de ser uma Voluntária do Greenpeace. Ainda não aconteceu nenhuma ação da ONG aqui em BH para que eu pudesse participar, mas desde muitos anos venho tomando certos cuidados - o famoso "fazer a minha parte".

Eu gosto do Greenpeace, a despeito de muita gente que fala mal ou não concorda com as diretrizes da ONG ou acha que é tudo um bando de fanfarrão querendo aparecer. A organização tem uma história muito bonita, que começou em 1971, com um grupo pequeno de americanos que se mudou para o Canadá porque não concordavam com a política norte-americana. Certa vez, eles navegaram em um barquinho minúsculo, carregando uma bandeira escrita "Paz Verde", (em inglês Greenpeace) até um imenso navio americano que pretendia fazer testes nucleares. O barquinho não conseguiu chegar até o cargueiro, mas naquela época, a ousadia dos ativistas chamou tanto a atenção, que eles não só conseguiram parar o navio, como os testes nucleares cessaram e hoje a região é um santuário.

E sobre fazer sua parte, acho uma coisa interessante para todo mundo pensar a respeito. Algumas pessoas tentam salvar o meio ambiente, outras ensinam informática para crianças e outras ajudam mulheres que sofrem violência doméstica ou distribuem comida para as pessoas pobres. Mas eu acho importante a gente se importar, porque o problema nos diz respeito. No fim das contas, todo mundo quer a mesma coisa: um mundo bom pra gente e para as gerações que vêem aí.

Eu optei por ajudar o Greenpeace com o que eu sei fazer: comunicação e fotografia. O New radicals e o Jota Quest, por exemplo, optaram por ajudar com o que eles sabem fazer: doaram os direitos das músicas "You get what you give" e "Oxigênio", respectivamente. Você também pode ajudar, nós podemos. Não precisa ser o Greenpeace ou nenhuma grande organização, caso você não se sinta à vontade com isso. Faça alguma coisa, qualquer coisa, sobre algo que te incomoda ou que você ache que está errado. Pode ter certeza que vai fazer muita diferença para o todo.

Alguns arquivos legais pra baixar
Greendicas
Guia do consumidor sobre alimentos transgênicos
Sobre o protocolo de Kyoto

Vídeo do New Radicals para o Greenpeace

Outros vídeos no Youtube

Blog Greenpeace

7 comentários:

Cristina Jeickel disse...

Hello Baby Su!
Obrigada por visitar meu blog, estou começando nessa vida blogueira e estou precisando de visitas, comentarios e sugestoes!!
Sobre seu post, o ideal é que todos nós fizessemos a nossa parte, não acredito na utopia da paz mundial, mas com certeza teríamos um mundo bem melhor!!

Anônimo disse...

Suelen,

Parabéns pela iniciativa. Adorei o idéia e a forma leve como compilou a história da ONG com o seu sonho de ser voluntária.
Bjos

Guilherme Avila a.k.a RODO disse...

Tirando suas fotos, eu gostei menos do visual do blog agora, achei meio simples demais e ainda continuo não gostando dos biodesagradéveis.

=)

Buda Verde disse...

é bom fazer alguma coisa. Não sou voluntário e nem penso, no momento, em trabalhar numa ONG. Sou o típico ativista "me chama que eu vou".

Sou vegatarino militante, não fanático.

O planeta está sofrendo. chegou a hora da sociedade civil fazer algo.

abraço.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Unknown disse...

É.. Ganhar dinheiro não é tudo, de fato. Temos é que aproveitar bem a nossa passagem por este orbe para saber se no final das contas valeu ou não viver aqui. Seja para beneficiar nossos familiares ou a humanidade como um todo!

Excelente iniciativa.

Muita Paz!

Anônimo disse...

Post legal. Mas eu achava que normalmente as pessoas vão pelo caminho contrário, primeiro adoram o voluntariado, depois pensam que não rola viver sem grana... sem ofensa ou viés capitalista, mais uma visão perfeitamente moderada.

Enfim, o Greenpeace é "nice". Eu pessoalmente odeio o PETA, mas isso é por questões ideológicas e "debatológicas" minhas(um dia escrevo mais sobre o assunto)... Mas cuidar do planeta é importante, oui!

Só terminando dizendo que estou gostando do teu blog. Parabéns, ganhou um link! :D