Óia eu aqui travêis!

então, blog.

aí vamos nós, de novo.

vou aproveitar que acabei de dar o último gole no gargalo na minha 'Smirnoff Citrus Twist Sabor Limão' pura e sem gelo e escreverei em sua homenagem. ok que é bebida de gente menos abastada. fazer o que, né?

cara, eu juro que quando abri o blogger.com eu tinha uma idéia superlegal de coisa pra escrever, mas acabei de esquecer e não lembro nem por um caralho com asas... [merda, merda, bosta, droga, cocô, cocô].

pra refrescar a cuca, abro um livro**. página 200, redondo! está o seguinte:

"_ Gostei do seu jeito de pensar - disse Ford - , mas agora coma uma.
Hesitante, Arthur apanhou uma das coisas que pareciam pêras.
_ Foi o que eu sempre pensei sobre aquela história do Jardim do Éden - disse Ford.
_ O quê?
_ O Jardim do Éden. A árvore. A maçã. Essa parte, lembra?
_ Lembro, claro que lembro.
_ O tal de Deus põe uma macieira no meio de um jardim e diz "vocês dois podem fazer o que vocês quiserem aqui, mas não comam dessa maçã". Obviamente eles comem a maçã, então Deus pula detrás de uma moita gritando "Peguei vocês, peguei vocês!" Não faria a menor diferença se eles não tivessem comido a maçã.
_ Por quê não?
_ Olha, quando você está lidando com alguém que tem esse tipo de mentalidade - mais ou menos a mesma das pessoas que deixam um chapéu na calçada com um tijolo embaixo para os outros chutarem - , pode ter certeza de que ele não vai desistir. Ele vai acabar te pegando.
_ Do que você está falando?
_ Esqueça, coma a fruta.
_ Sabe, este lugar até que parece o jardim do Éden.
_ Coma a fruta.
_ Também soa como o Éden. Arthur deu uma mordida na coisa que parecia uma pêra.
_ É uma pêra - ele disse."

que coisa, né? não era nada disso que eu queria falar, mas mesmo assim me pareceu legal falar disso. falar da nossa ilusão de livre arbítrio nessa vida.

a gente acha que pode escolher, mas já está tudo pré-planejado. é que nem jogar RPG com um mestre que tem síndrome de assassino [rá! amor, essa foi pra você!]. você já jogou RPG, blog? ou então leu aqueles livrinhos de aventuras que vendiam na década de 80, e se chamavam Livros de Aventura, ou sei lá como que se chamavam?

o que eu quero dizer é que, parece, a gente não tem muitas opções nessa vida, não. a não ser nadar de acordo com a maré. se vc rolar os dados e conseguir driblar a vontade do "mestre" de te matar, você está só adiando o inevitável. mais pra frente ele vai dar um jeito de te matar de novo. talvez até pior.


a vida é uma coisa assim: imagina que a você é um peixe. [rá!² essa tb vai pravc, amor!] vc faz parte de um cardume, mas vc se acha diferente dos outros peixes. então vc pula. e vc sai da água. e, por um instante, você vê que o mundo é muito maior do que seu cardume. muito maior que seu rio... você vê os pássaros e as árvores e olha pra baixo e vê os outros peixes felizes com suas condições de peixes. mas você não está feliz. você prefere ser pássaro ou árvore ou pedra ou o que quer que seja, fora do seu limite de peixe. mas você não pode. existe uma lei, irreinexistível, que força você a cair de novo no rio, de novo no meio do cardume.

e você pode se contentar com sua vida simples de peixe, que nada de acordo com a maré, ou você pode viver frustrado por nunca poder ser pássaro ou árvore ou pedra. você até pensa em nadar contra a correnteza, sabe? você até tenta. mas você não consegue, porque tudo te puxa pra baixo. tudo te faz seguir como todo mundo segue.


o que é o mundo? o mundo [será?] é somente a nossa capacidade de sermos limitados e aceitarmos isso? e o que é o universo onde esse mundo está? "meu universo são meus olhos e meus ouvidos. qualquer coisa fora disso é boato." - eu li na outra página. são palavras do homem que rege o universo.


o que que é melhor? conformar com o mundo que lhe é imposto ou sonhar sem pagar imposto?
o que que é melhor? cair do galho mais alto da árvore ou ficar sempre no chão?