Zero

Pois bem.
Pra começar do início, aí vai o scan da minha nova tatoo:

É verdade... Parece loucura enfiar a coxa dentro do scanner..

Mas só parece.

Então... Pra falar de início, eu queria começar falando de mim. Vou escrever bastante. Se estiver com preguiça de ler pode parar por aqui.

Resolvi que a essa altura do campeonato iniciarei uma nova fase, e elegi o Louco como meu guia nesse momento. Loucura?

Não, talvez.

Somente resolvi vestir uma nova roupa na minha identidade dos próximos tempos. E resolvi marcar essa nova fase na pele. E tatuei O Louco.

In fact, esse nome não condiz. The Fool em inglês e Le Mat, no original em francês, acho que minha nova identidade para os próximos e indefinidos tempos será O Curinga, ou algo assim.

Essa carta, no tarot, é o arcano ZERO. É o início e/ou o fim de tudo. Por ser o zero, ele contém todos os números em si. Penso em um re-início. É símbolo de liberdade e descompromisso.

O zero é de onde todas as coisas partem.

Acho lindo...

Estou iniciando uma nova caminhada que não se faz a mínima idéia de onde vai dar. As portas vão abrindo e eu vou entrando. Sem muito pensar, sem muitas elucubrações a respeito, sabe?

Quero um comportamento arejado, confiante, absolutamente livre de quaisquer dogmas, imposições ou idéias velhas que não servem mais para nada. Quero uma alma renascida, limpa totalmente das águas passadas. Quero me sentir livre para poder caminhar na direção que me der na veneta.

O Personare diz: "Você se colocará disponível para o novo, sem querer controlar nada e, a partir desta postura mais relaxada e descomprometida, permitirá a si mesmo aproveitar o que a vida porventura vier a oferecer".

Não estou nem aí para coisas que antes me incomodavam muito. Estou chutando o balde, fazendo as coisas sem esperar muitos resultados. E supresa! As coisas estão dando resultado!

Será isso loucura? Estupidez? Cegueira? Ou apenas uma pontinha de compreensão mais profunda da vida?

Claro que de olho na linha tênue que separa o relaxamento da falta de responsabilidade.

Amiga minha disse sexta feira que eu sou hedonista. Mas não sei se fui sempre assim, embora concorde que estou completamente assim.

Não quero pensar em coisas que não me agradem. Quero que a vida seja boa (e quem não quer?). Quero somente perambular pelo universo à procura de nada especificamente.

Só quero o início. Seria tão bom se todos só buscássemos o início.

O resto foda-se! Que venha o resto! Ou que não venha, não sei. Somente o início me importa agora e somente o início e o próximo passo. Se à frente há um abismo ou se há um campo de morangos para sempre, eu não quero saber. Que eu caia, que eu me deslumbre, que eu me dane, que eu me realize.

Não me importa. Me importa somente esse início.