Existem coisas que odeio. Existem coisas que odeio muito. E existem coisas que não suporto.
Odeio gaveta aberta, tapete embolado, lençol enrugado e torneira pingando. Não suporto que mexam nas minhas coisas e que tentem tomar conta da minha vida.
Agora, uma coisa que eu odeio muito é METÁFORA. Ou meias-palavras.
Eu me pergunto, ó senhor, o porquê das pessoas nunca dizerem o que realmente querem dizer. Tudo bem que, pessoalmente, dependendo da circunstância, é muito difícil. Mas é melhor não falar, então. Porque dizer algo de forma sutil é muito complicado. Sempre dá margem à extrapolações desnecessárias, decepções arrasantes e terríveis mal-entendidos.
As coisas deveriam ser todas preto-no-branco, oito-oitenta. Principalmente no que diz respeito aos adjetivos.
Palavras como "interessante", "adorei", "gosto", e expressões como "fiquei esperando", "tava gostando", "também tenho minhas lembranças" são muito dúbias.
Odeio gente que diz uma coisa que pode ter várias interpretações. Quer dizer, odeio não. Mas isso me faz gostar um tanto menos delas. Mentira de novo. Enfim...
O problema sou eu, eu sei. As pessoas adoram esse joguinho de palavras. Mas uma coisa é o cara-a-cara, o face-to-face, o tete-a-tete.. Várias outras coisas ajudam na compreensão da mensagem: entonação, volume de voz, gestos, expressões faciais... Outra coisa é a leitura escrita, que, por sim só, já é cheia de ruídos. Assim como os quadros - a gente interpreta o que quiser, a partir de nossos critérios de relevância (AVE KIKA!), da nossa bagagem cultural e de tudo o mais.
Agora, por escrito é sacanagem. Ainda mais quando a gente pede a pessoa pra explicar melhor e ela simplesmente, não o faz. ou quando a gente faz milhares de perguntas e ela, simplesmente, não responde. Ou um tantão de outras coisas que estão em matando no momento, já que eu deveria estar preocupada com o roteiro que tenho que entregar amanhã e estou aqui escrevendo essas babaquices.
Fui.
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